Práticas de leitura: (re)significando saberes a partir de uma leitura dialógica do enunciado em prova
Synopsis
Email da autora: veracbagatini@gmail.com
Currículo Lattes da autora: http://lattes.cnpq.br/3118274272262643
BAGATINI, Vera Lúcia Cardozo; ROSTAS, Márcia Helena Sauaia Guimarães. Práticas de leitura: (re)significando saberes a partir de uma leitura dialógica do enunciado em prova. 2016. 161 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia) - Instituto Federal Sul-rio-grandense, Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia, Pelotas, 2016.
Grafo de Conhecimento
Gerado com aplicativo de mineração de textos - Sobek (C) UFRGS 2014 (http://sobek.ufrgs.br/)
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Resumo:
O presente estudo está ancorado sob uma perspectiva enunciativo-discursiva e, dentro dessa concepção, tomamos como base para reflexão os pressupostos teóricos da filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin e seu Círculo. Conforme os apontamentos desses estudiosos, a língua/linguagem é constitutivamente dialógica, ou seja, o outro é fundamental para o efeito de compreensão da língua. Desse modo, realizamos um estudo sobre a leitura de enunciados em uma prova de Língua Portuguesa com duas turmas de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal da cidade de Pelotas (RS). Faz parte do corpus o evento em si, ou seja, a inicial, com ênfase na observação do diálogo ocorrido entre os sujeitos envolvidos no processo avaliativo: professora/aluno; aluno/professora e aluno/aluno. As perguntas, a falta de autonomia dos alunos, o diálogo ocorrido entre os sujeitos são elementos constitutivos do corpus. Posteriormente, de posse das provas, partimos para as análises dos enunciados respostas dos alunos, fazendo um contraponto com o enunciado resposta da professora. Neste estudo, denominamos de enunciado da questão (EQ) os comandos da prova e enunciado texto (ET) o gênero discursivo utilizado na prova. Nosso objetivo é investigar em que medida os sujeitos leitores compreendem os (EQ/ET), considerando os diálogos passados, a palavra (mesma) em outro contexto histórico, carregada de sentidos e atualizada conforme o momento da enunciação. A orientação metodológica adotada teve como métodos: o estudo de caso de André (2000) e Yin (2015), o sociológico e/ou discursivo de Bakhtin/Volochínov (2009) e o indiciário (qualitativo) de Ginzburg (1989). Tendo como referência a correção da professora e os enunciados produzidos pelos alunos elaboramos categorias de análise que serviram de subsídio para esta investigação. A professora, no processo de correção, considerou questões como Resposta Certa; Resposta Errada; ou nem certa, nem errada, atribuindo metade do valor, a qual nomeamos de Resposta Incompleta. Dessa forma denominamos nossas categorias de análise como: Categoria Certa (CC); Categoria Errada (CE); Categoria Incompleta (CI). A investigação permitiu-nos concluir que, embora a participação da professora no processo de realização da prova tenha sido importante, dialogando em um espaço de tensão e subjetividades heterogêneas, não estabeleceu as relações dialógicas no processo da leitura de alguns enunciados que se apresentaram no texto da prova. Esses enunciados, desarticulados do “já dito”, em outro momento histórico, contribuíram para que o aluno não se constituísse como sujeito pleno do seu dizer. Sendo a enunciação de natureza social, faltou o movimento de retomada da fala do outro.
Palavras-chave: Enunciado de prova; leitura; compreensão; educação básica; linguagem.
Publicações em periódicos (relacionadas à dissertação):
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BAGATINI, Vera Lúcia Cardozo; ROSTAS, Márcia Helena Sauaia Guimarães. Sala de aula: por um enfoque dialógico no trabalho com a leitura de enunciados no gênero prova. REVELLI: REVISTA DE EDUCAÇÃO, LINGUAGEM E LITERATURA DA UEG-INHUMAS. Inhumas, v.10, n.1, p.193-212, mai. 2018.
ISSN: 1984-6576
Qualis Capes 2013-2016 (Educação): B1
Disponível em: <http://www.revista.ueg.br/index.php/revelli/article/view/6507/5367>.
Acesso em: 06 fev. 2019.
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