Meu professor é o cara: professores/as e práticas docentes em destaque na mídia educativa brasileira
Sinopse
E-mail da autora:
Currículo Lattes da autora: http://lattes.cnpq.br/8631081041339311
PEIL, Ana Paula Quevedo; BICCA, Angela Dillmann Nunes (Orient.). Meu professor é o cara: professores/as e práticas docentes em destaque na mídia educativa brasileira. Pelotas, RS, 2017. 170 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto Federal Sul-rio-grandense - Câmpus Pelotas, Programa de Pós-graduação em Educação - Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia. Pelotas, RS, 2017.
Grafo de Conhecimento
Gerado com aplicativo de mineração de textos - Sobek (C) UFRGS 2014 (http://sobek.ufrgs.br/)
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Resumo
Esta dissertação, inspirada na perspectiva dos Estudos Culturais de vertente pós-estruturalista, aborda a temática da docência na mídia educativa brasileira, uma vez que formas de conduzir a prática docente vêm constantemente recebendo destaque na mídia, como ocorreu com o programa COMO SERÁ?, veiculado pela Rede Globo de Televisão. Esse programa destacou o trabalho de professores e professoras que teriam realizado “algo diferente”, criativo e inovador para despertar o interesse dos/as estudantes, no quadro denominado Meu professor é o cara, que foi ao ar no período compreendido entre agosto de 2014 a março de 2015, o que totalizou vinte e nove episódios exibidos. A pesquisa teve como objetivo analisar representações e discursos que estão sendo produzidos e veiculados na mídia educativa brasileira sobre os/as professores/as e suas práticas. Dessa forma, para desenvolver as análises optei por fazer um recorte explorando as temáticas que mais se destacaram nesses episódios. Sendo assim, este estudo focalizou quinze episódios, cujas atividades se valeram de recursos digitais/informáticos e/ou atividades lúdicas, compreendendo, portanto, as temáticas que mais se destacaram. Valendo-me das noções de discurso e representação, a discussão indicou uma subjetividade docente afetuosa e dedicada a fazer o possível para favorecer aprendizagens resultantes de práticas consideradas criativas, inovadoras e diferentes. Portanto, a partir das análises desenvolvidas foi possível destacar aspectos que foram delineando o que os
discursos educacionais valorizam, bem como problematizando a forma como esses discursos e representações acionam redes de poder e saber bastante sutis. Em primeiro lugar, posso destacar o afastamento ao que tem sido nomeado como tradicional em termos de metodologia de ensino, retomando elementos dos discursos educacionais crítico e construtivista, possibilitados em grande medida pelos preceitos do movimento que ficou conhecido como Escola Nova. Além disso, a preocupação por parte dos/as professores/as destacados/as nos episódios de Meu professor é o cara em trabalhar de forma criativa, diferente e inovadora está fortemente associada com questões sobre configurar o espaço da sala de aula de maneira não tradicional, e abranger diferentes espaços da escola e fora dela na atividade educativa. E por fim, atividades colocadas em destaque no quadro do programa de TV aconteceram com a inserção de elementos lúdicos e de recursos digitais/informáticos como propiciadores de práticas alternativas. Assim, posso dizer que foi possível identificar que os/as professores/as são representados/as através de uma subjetividade docente afetuosa e dedicada.
Palavras-chave: Professores; professoras; discursos educacionais; prática docente; mídia educativa; estudos culturais.
Publicações em periódicos (relacionadas à dissertação):
PEIL, Ana Paula Quevedo; BICCA, Angela Dillmann Nunes. Problematizando discursos educacionais críticos em Meu professor é o cara. EDUCAÇÃO POR ESCRITO PUCRS, v.9, n.1, p.23-40, 2018.
ISSN: 2179-8435. Qualis Capes 2013-2016: B2 (Educação)
Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/view/28152>. Acesso em: 24 mar. 2020.