A pedagogia da publicidade brasileira produzindo significados sobre homens e mulheres negros/as

Autores

Sydnei Faria Rosa

Sinopse

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Currículo Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/8899088219002345

ROSA, Sidney Faria; (Orient.) BICCA, Angela Dillmann Nunes. A pedagogia da publicidade brasileira produzindo significados sobre homens e mulheres negros/as. 2016. 114 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Câmpus Pelotas, Pelotas, 2016.

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Grafo de Conhecimento

 

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Resumo

O estudo, desenvolvido a partir dos Estudos Culturais de vertente pós-estruturalista, aborda o modo como a publicidade que circula na Internet pratica uma forma de pedagogia cultural que ensina homens, mulheres e crianças negros/as. Para analisar peças publicitárias com circulação na Internet que apresentassem homens e mulheres negras realizei uma busca de imagens no website Google realizada no dia 25 de maio de 2015 às 14 horas, usando a frase negros, negras e publicidade. Essa busca fez o website selecionar duzentas imagens dentre as quais nove configuravam a promoção de alguma marca, produto ou serviço. Selecionei apenas peças publicitárias veiculadas após o ano de 2010, ano a partir do qual os dados censitários registram que a maioria dos brasileiros/as passaram a se declarar negros e/ou pardos. Das nove peças publicitárias localizadas, quatro enfatizavam a temática que denominei como beleza negra promovendo associações entre a negritude e algumas formas de representar o corpo e o cabelo bem como apontando cosméticos especialmente produzidos para que eles/as sejam inseridos em diferentes estratégias de consumo. A análise desse material, pautada no conceito de representação cultural, enfatizou o modo como se processa a constituição dos significados para as coisas e os entes do mundo, significados que são centrais na organização e regulação das práticas sociais e que não são nunca estáveis, essenciais ou fixos. Compreensão essa que não entende que a linguagem como simples forma de descrever os entes e as coisas do mundo, mas bem mais do que isso, como instância produtora daquilo de que fala. A discussão sobre embelezamento abordou, portanto, quatro peças publicitárias. A primeira delas, que anuncia uma marca de cerveja, promove comparação entre a cor do corpo da mulata e acorda cerveja,recorrendo ao conhecido estereótipo da mulata fortemente sexualizada. Inteirando a mesma temática, a análise explora a publicidade voltada para a promoção de produtos cosméticos discutindo uma peça publicitária que focaliza a promoção de concursos de beleza infantil que elegeriam a criança símbolo de todo um país. Uma terceira peça publicitária que alude a ação sobre o cabelo tomando-o como gerador e difusor de mensagens. E, finalmente, uma quarta peça publicitária que pretende atingir mulheres que não são modelos profissionais e que não atendem aos padrões mais rígidos de beleza. O segundo eixo analítico reuniu as peças publicitárias voltadas para a homenagem e para o Dia Consciência Negra. Essa categoria reuniu uma propaganda que destaca o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, uma peça publicitária que homenageia os/as empregados/as domésticos e um terceiro anúncio que focalizou o binarismo branco/negro ao ser lançada um dia antes da data de 20 de novembro de 2014, guardando assim interessante relação com essa data. Finalmente, a terceira categoria analítica destaca a presença de negros e negras na produção artística relacionada a músicos, colocando-os como uma possibilidade de crescimento social,bem como de ligação entre indivíduos famosos e o mercado de marcas de luxo. Nessa discussão duas peças publicitárias foram abordadas, uma em que um rapper negro é associado à telefonia móvel e outra em que uma celebridade negra é associada ao comércio de itens de luxo.

Palavras-chave: Pedagogias culturais; representação cultural; raça; etnia; publicidade.

 

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