Projeto de sistema alagado construído para tratamento do efluente sanitário de um campus universitário

Autores

Fillipe Pacheco da Silva

Sinopse

E-mail do autor: pachecofillipe@gmail.com
Currículo Lattes do autor: http://lattes.cnpq.br/1234345011861502

SILVA, Fillipe Pacheco da; GERBER, Michel David (Orient.). Projeto de sistema alagado construído para tratamento do efluente sanitário de um campus universitário. 2022. 99 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Pelotas, 2022.

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Resumo

A Universidade Federal do Rio Grande possui um de seus campi localizado em Santa Vitória do Palmar/RS. Por não haver sistema de coleta e tratamento de esgoto nesse Município, a Instituição faz uso de fossas sépticas, filtros anaeróbios e valas de infiltração para tratamento e destinação do efluente. Porém, estudos de permeabilidade do solo local, demonstraram a inviabilidade desse sistema pela baixa taxa de infiltração. Dessa forma, buscaram-se soluções alternativas ao tratamento e destinação do efluente local. A partir de levantamento tecnológico existente optou-se por projetar um Sistema Alagado Construído (SAC). Após estudo institucional e balanço hídrico do campus, evidenciou-se que a população universitária em 2019 era de 563 pessoas e consumia em média 130 m³ mês-1 (10,5 L p-1 d-1) de água tratada, com potencial de expansão para 868 pessoas e geração de efluente sanitário mensal e per capita de 267 m³ e 14,1 L p-1 d-1. Tendo como base a caracterização do efluente da Casa do Estudante Universitário do Campus Carreiros, o efluente apresenta 253 +/- 44 gDBO5,20 L-1, 497 +/- 33 gDQO L-1 e 97 +/- 16 gSST L-1 no tanque séptico e 119 +/- 28 gDBO5,20 L-1, 281 +/- 21 gDQO L-1, 68 +/- 14 gSST L-1, 30 +/- 4 mgN-NH4 L-1 e 6,4 +/- 1 mgP L-1 no filtro anaeróbio. Por fim, para tratamento do efluente pós tanque séptico do campus, projetaram-se dois SAC de Fluxo Subsuperficial Horizontal em paralelo, com largura, comprimento e profundidade útil de 8,50 x 17,00 x 0,65 m, respectivamente, para vazão individual de 133,5 m³ mês-1, resultando em TDH de 6 dias, área superficial de 144,50 m² para cada SAC e taxa de aplicação orgânica superficial e transversal de 9,24 e 242 gDBO m² d-1, respectivamente. As simulações dos modelos hidráulicos apresentaram coeficientes cinéticos entre 0,3 e 0,4 d-1, similares aos de modelos não ideais (P-k-C*, NTIS e fluxo disperso). Visando melhor performance e estabilidade do sistema, se considerou brita 1 para compor o meio suporte, brita 4 nas zonas de entrada e saída e policultura de três macrófitas aquáticas emergentes principais (Typha spp, S. californicus e Z. bonariensis), e duas ornamentais (Canna indica e Heliconia psittacorum). Recomenda-se como forma de destino do efluente tratado a irrigação da vegetação e o lançamento indireto em águas superficiais por meio de valas de drenagem pluvial situadas próximas à universidade.

Palavras-chave: Wetlands construídos; zona de raízes; esgoto sanitário; reúso de efluentes; macrófitas aquáticas emergentes; modelo hidráulico e cinético de reator.

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