Avaliação do potencial fungicida do bio-óleo produzido pela pirólise da casca de arroz

Autores

Stéphanie Garcia Perez

Sinopse

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Currículo Lattes da autora: http://lattes.cnpq.br/3923982746465196

PEREZ, Stéphanie Garcia; BARWALD, Giani Mariza Britzius (Orient.). Avaliação do potencial fungicida do bio-óleo produzido pela pirólise da casca de arroz. 2023. 43 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Pelotas, 2023.

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Resumo

A contaminação fúngica ocasiona mudanças na qualidade nutricional e no valor econômico dos produtos alimentícios podendo acarretar danos patológicos em plantas, animais e humanos. Até o presente momento, os pesticidas comercializados em largas proporções em nosso país são compostos perigosos e tóxicos aos seres humanos e ao ambiente. O uso de matérias-primas renováveis para a produção de fungicidas são uma alternativa menos agressiva ao ambiente. O bio-óleo extraído de uma biomassa do tipo lenhosa pode possuir características antifúngicas, um exemplo dessa biomassa é a casca de arroz. Neste estudo o bio-óleo foi obtido a partir da pirólise rápida a 700ºC da casca de arroz. As amostras foram preparadas em duas concentrações, a 10% e a 1%, tanto da fase orgânica quanto da fase aquosa. Seu potencial fungicida foi avaliado quanto a sua capacidade de inibir o crescimento de fungos decompositores de Citrus reticulata (bergamota, tangerina ou mexerica), Cucurbita pepo subsp pepo (abobrinha) e quanto a capacidade de formar unidades formadoras de colônias (UFCs) na presença das diferentes fases do bio-óleo e em dois meios de cultivo diferentes. Para essas análises, foram preparados dois os meios de cultivo, um com Ágar Batata Dextrose (BDA) e o outro com Ágar Sabouraud Dextrose (SDA). Foi adicionado 1 mL dos extratos obtidos das cascas de bergamota e da abobrinha sobre o meio, após a secagem do ágar, três discos de papel-filtro de 2 cm de diâmetro previamente esterilizados foram dispostos em cada placa sobre o meio. Sobre estes, 50 μL de cada uma das seis soluções estudadas (FO 10 %, FO 1%, DCM, FA 10 %, FA 1 % e H2O). A análise com fungos anemófilos o meio utilizado foi o Ágar Padrão para Contagem (PCA) 60 μL de cada tratamento estudado foi espalhado, separadamente, sobre a superfície do meio. Foi analisada a composição orgânica através da cromatografía gasosa acoplada a espectrometria de massas (GC/MS) para averiguar a sua composição. A análise realizada com fungos decompositores de cítricos e de cucurbitáceas evidenciaram que a fase orgânica do bio-óleo a 10% resultou em maior inibição fúngica, quando comparados aos demais tratamentos. Para os tratamentos com fungos anemófilos, a fase orgânica do bio-óleo apresentou inibição do crescimento de fungos, com menores UFCs tanto nas concentrações de 10% quanto em 1% para os diferentes locais testados, enquanto a fase aquosa apresentou baixos índices de inibição. Em relação a composição do bio-óleo, verificou-se a presença de fenóis, aldeídos, ácidos e álcoois. Portanto, comprovando que existe potencial fungicida do bio-óleo na fase orgânica em determinadas concentrações devido a presença de tais compostos.

Palavras-chave: casca de arroz; fungos; fungicidas; bio-óleo; biofungicida.

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