Currículo: corpo de uma cria-invenção

Autores

Jésica Hencke

Sinopse

E-mail da autora: jesicahencke@gmail.com

HENCKE, Jésica; KERR JUNIOR, Donald Hugh de Barros (Orient.). Currículo: corpo de uma cria-invenção. 2016. 155 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia) - Instituto Federal Sul-rio-grandense, Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia, Pelotas, 2016. 

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Resumo

A presente dissertação articula conceitos que perpassam o plano da filosofia, das artes visuais e da educação, focando-se na transformação docente e discente, inebriado por um corpo curricular em processo de transformação. Na escrita vale-se da intensidade de autores como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Sandra Mara Corazza, Tomaz Tadeu da Silva, Marcos Villela Pereira e outros. Há uma aposta na arte como sensação no fazer e no pensar o ensino das artes visuais no meio escolar, tendo sempre as interferências curriculares como palco de compreensão e argumentação. O pensamento da diferença e o múltiplo abrem-se diante do processo de pesquisa e, à medida que a investigação ocorre, há uma transformação docente e discente, a construção de um currículo que permite tocar a si mesmo, pensar sobre si mesmo, interpenetrar-se, mesmo realizando atividades que já foram desenvolvidas por outros professores, artistas e pesquisadores, cria neste movimento fissuras no corpo professor e estudante que o faz tocar-se, conhecer-se, questionar-se e produzir pensamentos. Problematiza a ideia de um “corpo curricular” para o ensino de artes visuais, em ações interventivas com uma turma de oitavo ano do ensino fundamental numa escola pública estadual e sua potência de transformação docente e discente, com a intenção de pôr em funcionamento o corpo curricular da “cria-invenção”. Esta pesquisa não propõe um método sistemático, mas um encadeamento entre o ato de pensar e a criação, como um caminho possível. Recorta cenas, fragmentos, tenta captar forças e sensações e transformá-las em palavras, vale-se da leitura de um referencial bibliográfico; a preparação de encontros-aulas de artes visuais, elaboradas a partir da ideia de um “corpo curricular”; realiza anotações problematizadoras, escreve um diário repleto de dúvidas, angústias, inquietações, fotografias, conversas e relatos dos estudantes, busca montar um processo cartográfico de escrita. Desta forma, na imensidão que é o espaço escolar, o ensino de artes visuais emerge como potência de viver sensações e transgredir o modelo de ensino presente no currículo dogmático, à medida que, permite ao professor e estudantes pensar seu processo de aprendizagem, compreende que, independente do currículo escolar que se apresenta, é imprescindível ao professor propor práticas que questionem, transformem e produzam pensamentos.

Palavras-chave: Artes visuais. Sensações. Currículo.

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