Uma professora de arte em trans-formação: corpos e materialidades
Sinopse
SANTOS, Maria Valéria Rodrigues dos; COELHO, Alberto D’Ávila (Orient.). Uma professora de arte em trans-formação: corpos e materialidades. 2014. 133 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia) - Instituto Federal Sul-rio-grandense, Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia, Pelotas, 2014.
Resumo
Esta dissertação problematiza a formação de uma professora de arte que experimenta meios expressivos em suas práticas pedagógicas, os quais possibilitam apostar em uma trans-formação docente sensível e singular, o que a coloca na busca por processo de subjetivação como meio de resistência a tantas políticas formativas que compõem seu cotidiano. Considerando o corpo humano como instância de recepção de forças, através dos encontros e afecções que esse corpo realiza e sofre, pode-se criar um outro corpo, que é feixe de forças, um corpo intensivo ou paradoxal como conceitua José Gil. Como se faz essa busca, esta subjetivação? Desenvolvem-se experimentações com as muitas partes que compõem um corpo docente (escola, professora, alunos, matérias expressivas, processos pedagógicos...) focando na relação materialidades e imaterialidades, que os encontros estabelecem. Busca-se explorar e experimentar as potencialidades de um corpo pedagógico para operar no plano estético, político e ético da vida. Os procedimentos cartográficos que sustentam este trabalho, também um corpo experimental, alimentam a criação através da potência das filosofias da diferença e da arte. Entende-se que essas forças podem auxiliar a criar outros modos de pensar uma existência e uma docência. Filosofia e arte podem desestabilizar a percepção de concepções estéticas sedimentadas, desestruturar a ordem, fragilizar o território dos espaços instituídos. Assim, questionar uma formação docente em arte, institucionalizada, através das práticas de um corpo docente e problematizar um corpo e suas relações com matérias, materialidades e imaterialidades, é o objetivo deste trabalho, que se ancora nos respectivos autores: Gilles Deleuze e Félix Guattari, os quais nos ajudam a dissertar sobre os processos de resistência e criação. Michel Foucault e o cuidado de si, como uma questão ética e de resistência aos processos formativos criados pelas políticas institucionais. Cynthia Farina e a discussão sobre uma formação sensível nos instigando a problematizar como ser professor de arte na atualidade diante das referências estéticas e políticas educacionais. José Gil, e as discussões e experimentações, que aqui se apresentam, sobre as relações do corpo trivial ou comum e o corpo intensivo ou paradoxal.
Palavras-chave: Formação. Docência. Corpo. Materialidades. Imaterialidades.